Lydia com seus pai adotivos, Sam Khosravi e Maryam FalahiReprodução / Article18
O tribunal considerou que Sam e Maryam, casados há 13 anos, "não são adequados" para serem pais da menina Lydia, de quase 2 anos, informou o Artigo 18, organização sem fins lucrativos com sede em Londres, que expõe abusos contra cristãos no Irã, país de maioria muçulmana.
Segundo o Artigo 18, a primeira condenação ocorreu mesmo após o juiz Muhammad Hassan Dashti reconhecer que Lydia sentia um "intenso apego emocional" em relação ao casal. O juiz também ponderou que a criança corria o risco de passar o resto da vida sob cuidados do estado por conta de graves problemas de saúde, relacionados ao coração e ao estômago.
A garota ainda está sob o cuidado dos pais, mas deve ser retirada pela assistência social assim que houver notificação de que o recurso deles foi negado.
“Condenar essas pessoas à prisão por possuírem Bíblias e símbolos cristãos é uma demonstração clara de que o ministro das Relações Exteriores do Irã e outros não estão dizendo a verdade quando dizem que 'ninguém é preso no Irã simplesmente por causa de suas crenças'", afirmou o defensor do casal, Mansour Borji. Para Borji, a decisão tomada em demonstra relutância em proferir sentença favorável.
Borji afirma que o juiz foi "coagido pelo representante do Ministério da Inteligência" e que a decisão é um “exemplo claro da falta de independência do judiciário em casos envolvendo cristãos”.
A defesa alega que a única razão do casal perder a guarda da criança é serem cristãos convertidos, enquando Lydia é considerada muçulmana perante a lei.
Sam e Maryan fazem parte de um grupo de sete cristãos que receberam sentenças que vão desde a prisão até restrições ao trabalho. Sam foi condenado a um ano de prisão e dois anos de exílio da cidade por envolvimento em "propaganda contra o estado". Além disso, Sam e Maryan foram proibidos de conseguir emprego em suas áreas profissionais. Maryan atua há mais de 20 como enfermeira e Sam, trablaha no setor de hotelaria.
"A comunidade internacional deve responsabilizar o Irã por esse erro judiciário, e muitos outros como ele", afirma Borji, advogado do casal.
Fonte: R7
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